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Estacas pré-moldadas de concreto



As estacas pré-moldadas de concreto classificam-se como fundação profunda. Também são chamadas de estacas cravadas e são formadas por peças de concreto pré-moldado ou pré-fabricado.

Elas são introduzidas no terreno por meio de golpes sucessivos de martelos em equipamentos de bate estaca do tipo: queda livre, explosão, hidráulico ou vibração.


As estacas pré-moldadas de concreto ao contrario das estacas escavadas e hélice contínua, são de deslocamento. Seu processo de execução não inclui a etapa de escavação, uma vez que os elementos de fundação são introduzidas no terreno pelos golpes do bate estaca. Assim, passam a deslocar o solo. Mesmo podendo ser fabricadas em canteiros de obra — ou seja, pré-moldadas —, em geral, essa tecnologia não é utilizada.

Qual a forma mais usada de cravação?

Geralmente, a forma mais utilizada de cravação das estacas pré-moldadas é por percussão, com um bate estaca em queda livre. O equipamento tem uma torre montada sobre uma plataforma. O martelo utilizado é erguido por cabos de aço que são acionados por um guincho mecânico.

Esse guincho é composto por dois tambores, sendo o segundo responsável pela movimentação e pelo carregamento das estacas. O equipamento se movimenta sobre pranchas, rolos ou esteiras.

Também existem guindastes que são adaptados com torres para o martelo de queda livre, vibratório ou automático. Essa torre guia deve ter altura compatível com o comprimento dos demais elementos da estaca que será cravada.

Os guinchos também devem ter capacidade de carga que seja adequada ao peso do martelo e dos demais elementos da estaca que serão erguidos.

Armazenamento e transporte

As estacas precisam ser armazenadas e manejadas de acordo com as prescrições e instruções fornecidas pelo fabricante. Por isso, eles devem disponibilizar todas as informações necessárias para evitar a quebra e o fissuramento excessivo.

Locação no canteiro de obras

A locação deve ser feita com um furo do mesmo diâmetro da estaca. Posteriormente, ele deve ser preenchido com areia.

Dessa forma, quando os equipamentos e as pessoas transitarem pelo canteiro, as sinalizações de onde as estacas serão executadas não serão danificadas.

Esse furo será a guia para a cravação do primeiro elemento de cada estaca.

Posicionamento e içamento

Tanto o posicionamento quanto o içamento das estacas são realizados pelo equipamento de bate estaca, por meio de um cabo auxiliar do guincho que traga junto a torre e coloque-a na posição vertical, possibilitando o assentamento no local definido para a cravação.

Essa etapa deve ser feita obedecendo a seguinte ordem: primeiro, a torre do bate-estacas é aprumada; segundo, apruma-se a estaca.

Os prumos de face frontal e lateral também devem ser verificados.

Desaprumo das estacas

Não é necessário verificar a estabilidade e resistência e nem realizar medidas corretivas para eventuais desvios de execução, desde que sejam menores que 1/100.

Emendas

As estacas podem ser emendadas, desde que apresentem capacidade de resistência a todas as solicitações que ocorrerem nelas durante transporte, cravação e utilização.

As emendas devem ser realizadas por meio de anéis soldados ou de dispositivos que permitam a transferência dos esforços de flexão, tração e compressão.

Cravação

A introdução da estaca no solo ocorre por meio da deformação permanente, resultante da energia aplicada pelo martelo em queda livre.

Para reduzir o desperdício das estacas, é possível utilizar um elemento suplementar, também conhecido como prolonga ou suplemento.

Esse dispositivo pode ser feito em aço ou concreto e garante o bom posicionamento da estaca no final da cravação. Contudo, a utilização desse recurso limita-se a três metros.

Reaproveitamento de estacas

O reaproveitamento é permitido, desde que o comprimento mínimo da sobra seja de dois metros. Só é possível utilizar um segmento por estaca, devendo ser sempre o primeiro elemento a ser cravado.

Diagrama de cravação, nega e repique

Para qualquer estaca é realizada a medição das negas e dos repiques.

Segundo a NBR 6122, a nega consiste na penetração permanente da estaca que é causada pela aplicação do golpe de pilão. Ela é medida por uma série de dez golpes.

O repique é a parcela elástica de deslocamento máximo obtido ao final da cravação, em uma seção da estaca, decorrente também do golpe de pilão. O controle é feito ao final da cravação, nos últimos dez golpes.

O procedimento para a obtenção da nega e do repique ocorre quando a estaca se aproxima da porção do solo impenetrável.

Prende-se então uma folha nela, é feita uma linha e apoia-se um lápis que produzirá picos de nega e repique durante os golpes seguintes.

Preparo da cabeça e ligação com o bloco de coroamento

Quando a armadura da estaca não apresenta função de resistência, não precisa ser penetrada no bloco de coroamento.

Porém, quando tem essa função, deve penetrar no bloco para transmitir a solicitação correspondente.

Reparos

Quando a estaca está danificada abaixo da cota de arrasamento, deve ser feita a demolição cautelosa da parte comprometida para que essa possa ser recomposta com materiais de resistência superior.





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