Cada vez mais porcelanatos de grandes formatos são utilizados em fachadas seja em fachadas aeradas ou convencionais utilizando de fixações mecânicas.
Neste post vamos falar um pouco de como devemos proceder com esses tipos de fixação.
ANCORAGEM E FACHADA VENTILADA Seja assentamento com ancoragem ou fachada ventilada, os dois sistemas possibilitam o assentamento seguro de revestimentos cerâmicos na fachada. Do ponto de vista técnico, podemos direcionar a viabilidade para um ou para o outro, de acordo com as necessidades e benefícios esperados pelo cliente
ANCORAGEM
O sistema para fachada com ancoragem permite o assentamento de forma segura. Dessa forma, é possível personalizar a fachada da edificação com os mais diferentes visuais.
BENEFÍCIOS:
Valoriza a estética da obra
Conforto térmico, no caso de fachadas ventiladas
Alta resistência a estanqueidade a água
Segurança pela aderência das peças e durabilidade
Baixa manutenção.
Esse sistema consiste em utilizar fixadores mecânicos
de ancoragem parafusados na parede e presos em uma ranhura feita previamente na peça, aplicados entre a argamassa e o revestimento.
ASSENTAMENTO: conforme a NBR 13755: Recomendamos o assentamento com junta de 2 mm entre as peças ou maiores conforme indicação recomendada pelo produto e rejuntamento em paredes externas com até 3 metros de altura. Acima de 3 metros é obrigatório o uso de fixação adicional e o uso de juntas de assentamento.
Em fachadas, a Norma recomenda o uso de fixadores adicionais para formatos maiores que 30×30 cm (900 cm²), quando necessário pode ser feito por meio de inserts metálicos, parafusos ou grampos. Somente nessas condições pode ser garantido que não ocorra deslocamento de placas cerâmicas.
Caso a área das pastilhas seja inferior a 900 cm², não se aplicam as “condições especiais”.
A dupla colagem é obrigatória para placas de 400 cm² até 900 cm², exceto para alguns casos específicos, onde o projeto de revestimento especifique o assentamento em camada simples. Ainda assim, recomenda-se no mínimo o uso de desempenadeiras dentadas de raio de 10 mm, de modo a minimizar as possibilidades de falhas de preenchimento do tardoz.
Condições especiais de aplicação: placas com área acima de 900 cm²,além de exigir técnicas especiais de fixação, exigem emboço com desempenho superior ao mínimo prescrito nesta Norma, em particular com relação ao requisito de resistência superficial; estas exigências devem ser definidas em projeto em comum acordo com o fabricante da argamassa colante e das placas cerâmicas.
Para aplicação do revestimento, é necessário primeiro preparar a superfície para que não haja problemas na instalação. Segundo a NBR 13755, a superfície deve estar:
• Limpa, isenta de materiais estranhos, como: poeira, óleos, tintas, etc., que possam impedir a boa aderência da argamassa colante; sem trincas;
• Alinhada em todas as direções, de forma que tenha em toda a sua extensão um mesmo plano, já que a argamassa colante, em virtude de sua pequena espessura, não consegue corrigir grandes ondulações da base. O desvio máximo do alinhamento no reboco é de 2mm a cada 2m;
• Em construções antigas, remova totalmente o revestimento da parede até atingir a alvenaria ou a própria estrutura e concreto armado.
A ranhura na peça pode ser feita com disco ou mesa de corte elétrica, sempre por um
profissional capacitado, ou em empresas especializadas.
ETAPAS DA INSTALAÇÃO
Para a colocação da primeira fileira de revestimento, devem-se posicionar os grampos de arranque sobre uma linha esticada na parede, perfeitamente nivelada. A argamassa deverá ser aplicada segundo a técnica de dupla colagem.
Recomendamos observar a norma NBR 13755, assim como o uso da desempenadeira e argamassa que a norma exige. A ranhura deverá ser posicionada no perfil conforme a figura ao lado. O espaçamento entre os grampos ocorrerá de acordo com a necessidade, levando em consideração a ranhura e a dimensão da peça;
Uma vez colocada a primeira fileira de porcelanato, devem ser inseridos os grampos standard, diretamente sobre a ranhura da peça inferior e parafusando sobre a parede de suporte. Repetir o procedimento para as fileiras superiores, conectando a placa superior no grampo da placa inferior;
Para o assentamento da última fileira, marca-se sobre a parede onde vai ficar a parte superior da peça. Depois, entre 3 e 4 cm abaixo desta marca, se realizará o furo para a fixação do grampo, o qual possui um furo alongado para movimentação da peça. Fixamos o grampo nesta posição, apertamos o parafuso sem chegar a bloquear a movimentação do grampo, e subimos o grampo para poder colocar a peça. Já com a peça na sua posição, baixamos este grampo para inserir a peça na ranhura. Assim finalizamos a colocação de placas.
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